A recente decisão judicial que anulou a legislação municipal em Guarujá, onde era cobrada uma taxa de até R$ 46 mil por dia para ônibus e vans de turismo, representa um marco estratégico para o setor. Essa medida, antes vista como um obstáculo, gerava insegurança e elevada carga tributária para operadores turísticos. Com a anulação da lei, abre-se uma nova perspectiva de competitividade e atração de visitantes para a região, gerando oportunidades tanto para empresários do turismo quanto para a economia local.
Para quem atua no ramo de viagens e transporte turístico, a revogação da cobrança serve como um alívio operacional e financeiro. Reduzir uma taxa volumosa torna possível aumentar o número de excursões, ofertar preços mais competitivos e até repassar formas de promoção aos clientes. Isso também estimula a entrada de novos prestadores de serviço, favorecendo o surgimento de micro-empresas ou cooperativas especializadas em turismo receptivo.
A comunidade local e o comércio da cidade podem sentir efeitos positivos com a mudança. Quando mais ônibus e vans chegam, há maior movimento em hotéis, pousadas, restaurantes, lojas de lembranças e em pontos turísticos. Essa movimentação cria emprego, renda e incentiva investimentos em infraestrutura. A cidade se beneficia não apenas com o turismo receptivo, mas também com o fortalecimento da cadeia de serviços e com a diversificação econômica.
Do ponto de vista jurídico e administrativo, a anulação da lei demonstra o papel de fiscalização e de revisão dos instrumentos tributários aplicados. Leis excessivamente onerosas ou mal fundamentadas podem inviabilizar o funcionamento dos negócios e gerar litígios. Esse caso mostra que é essencial que a legislação municipal seja pautada por critérios de razoabilidade, transparência e proporcionalidade em face dos objetivos pretendidos.
Para os turistas, essa mudança pode se traduzir em mais oferta e melhores preços. Se os organizadores de passeios e transportes não têm de enfrentar taxas elevadas, podem transferir parte dos benefícios para o consumidor. Isso pode significar mais rotas, maior frequência de viagens para Guarujá, pacotes mais acessíveis e até parcerias entre operadores e o município para explorar atrativos locais.
No âmbito de planejamento urbano e turismo sustentável, a decisão também abre caminho para políticas de fomento mais equilibradas. Sem uma taxa que impusesse restrições ao transporte turístico, a cidade pode investir em projetos integrados de mobilidade, acessibilidade e promoção do destino. Com isso, fortalece sua imagem no mercado de turismo e pode se posicionar como opção estratégica para excursões, convenções e eventos de pequeno e médio porte.
Vale destacar que o contexto de Wi-Fi, serviços digitais e plataformas de reserva também se vê favorecido. Quando os custos de entrada no mercado diminuem, aplicativos, sistemas de agendamento e outros serviços relacionados ao turismo encontram terreno mais fértil. A modernização dos serviços, aliada à descida da barreira fiscal, tende a elevar a qualidade da experiência para o visitante, consolidando a cidade como destino competitivo.
Em resumo, a anulação da taxa para ônibus e vans em Guarujá não é apenas uma mudança normativa: é uma oportunidade de transformação para o turismo local. Trata-se de uma porta aberta para que prestadores de serviço cresçam, que visitantes tenham acesso mais fácil e que a economia regional seja estimulada. O verdadeiro impacto dependerá agora de um engajamento articulado entre setor privado, poder público e comunidade local para que essa janela de oportunidades seja convertida em resultados concretos e sustentáveis.
Autor: Ejax Persol

