Guarujá tem ganhado atenção nacional com a mobilização em torno do novo aeroporto destinado a transformar o perfil da cidade e de toda a Baixada Santista. As discussões recentes mostram que esse equipamento aéreo pode significar uma virada na infraestrutura, no turismo e na integração regional. Ao convocar audiência pública para debater o tema, as autoridades visam trazer transparência e permitir que a população acompanhe os planos, cronogramas e desafios dessa obra que promete marcar Guarujá nos próximos anos.
A proposta do aeroporto do Guarujá envolve a reestruturação da Base Aérea de Santos para receber operações civis, com pista já concluída e setores administrativos em fase de preparo. Há expectativa de que o terminal comece a operar no primeiro semestre de 2026. O governo federal comunica que isso integrará cidades vizinhas por meio de rotas aéreas regionais, beneficiando o turismo e a economia local, ao mesmo tempo em que se busca a homologação e aprovação de requisitos regulatórios.
A audiência pública planejada pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados representa uma oportunidade única de ouvir moradores, especialistas e representantes governamentais. O encontro serve para apresentar o estágio das obras, levantar pendências burocráticas, cobrar prazos e garantir que o projeto seja construído dentro de critérios técnicos rigorosos. A deputada Rosana Valle foi quem solicitou essa instância de diálogo, reforçando a necessidade de o projeto ser debatido com a sociedade da Baixada Santista.
Estão em foco temas cruciais como segurança operacional, impactos ambientais, infraestrutura de acesso ao aeroporto e integração ao sistema viário e portuário da região. A proximidade com Santos, a logística portuária do litoral paulista e as demandas de mobilidade urbana exigem uma concepção que vá além de um simples terminal de passageiros. O projeto ambiciona alinhar-se com o planejamento urbano existente, aproveitando sinergias e minimizando interferências negativas para as comunidades vizinhas.
O começo das operações aéreas em Guarujá promete impulsionar setores como hotelaria, gastronomia e serviços em geral. O aumento do fluxo de visitantes acarretará novas demandas por infraestrutura local, mão de obra e transporte. Ao mesmo tempo, a obra pode estimular investimentos imobiliários, valorização de áreas próximas e fortalecimento de negócios já estabelecidos no município. A expectativa é de que Guarujá gradualmente se torne um destino com conexão aérea mais direta, reduzindo a dependência de aeroportos distantes.
Contudo, é preciso reconhecer que desafios ainda permanecem. Entre eles estão os trâmites de homologação pela agência reguladora competente, a definição de rotas concessionadas, o estabelecimento de financiamento contínuo para manutenção, além da articulação institucional entre governo municipal, estadual e federal. Esses trâmites burocráticos e técnicos tendem a demandar atenção constante e articulação política permanente.
Outro ponto decisivo é a participação ativa da comunidade regional. É fundamental que moradores e entidades acompanhem o debate, participem das audiências, das consultas públicas e cobrem comprometimento dos gestores. Ao reforçar transparência e prestação de contas, a sociedade contribui para que o empreendimento de Guarujá se desenvolva com equilíbrio entre crescimento e qualidade de vida.
Em síntese, a audiência pública sobre o aeroporto do Guarujá revela o quanto esse projeto é estratégico para o futuro da cidade e da região. Se bem conduzido, ele tem o potencial de redefinir rotas de desenvolvimento, impulsionar o turismo e promover integração regional. Mas sua concretização depende do equilíbrio entre técnica, política e engajamento social — aspectos que agora estão postos em discussão pública, num momento decisivo para Guarujá.
Autor: Ejax Persol

