Como comenta Braulio Henrique Dias Viana, a recuperação sustentável nasce de três movimentos coordenados: proteger caixa, restaurar confiança e reconstruir o motor operacional. Em crises, a intuição grita por crescimento a qualquer custo; o método, porém, exige triagem, foco e decisões duras baseadas em evidências. Continue a leitura para virar o jogo sem sacrificar a reputação nem a continuidade do negócio.
- Sinais de alerta e triagem imediata
- Caixa na veia: liquidez antes de estratégia
- Diagnóstico com lupa: Margem, mix e complexidade
- Redesenho operacional: Padrões que devolvem velocidade
- Portfólio de iniciativas: Poco no que move o P&L
- Negociação com credores e parceiros: Confiança como ativo
- Comunicação com o mercado: Narrativa ancorada em fatos
- Métricas que importam: Do resgate à tração
Sinais de alerta e triagem imediata
Fluxo de caixa negativo recorrente, alongamento de prazos com fornecedores, perda de clientes-chave e aumento do retrabalho são sinais clássicos de deterioração. Priorize a leitura do caixa diário, o saldo de contas a receber e a curva de vencimentos. Corte gastos discricionários, congele contratações e pause iniciativas que não provam impacto direto em geração de caixa ou retenção. Ao mesmo tempo, mantenha comunicações transparentes com equipes e parceiros para evitar pânico e boatos que ampliam o problema.
Caixa na veia: liquidez antes de estratégia
Em cenários de declínio, liquidez é oxigênio. Renegocie prazos com fornecedores estratégicos, antecipe recebíveis com controle de risco e reordene o capital de giro reduzindo estoques de baixa rotatividade. Padronize aprovações de despesas e instale limites claros por alçada. Crie um painel simples de entradas, saídas e compromissos críticos; decisões diárias com base nesse painel evitam rupturas operacionais e preservam serviços essenciais ao cliente.

Diagnóstico com lupa: Margem, mix e complexidade
Conforme explica Braulio Henrique Dias Viana, o diagnóstico efetivo separa o que é estrutural do que é ruído. Analise rentabilidade por cliente, produto e canal; identifique “âncoras” que consomem capacidade e diluem margem. Simplifique o portfólio: descontinue itens com baixa contribuição, substitua contratos ruins por ofertas enxutas e redesenhe níveis de serviço. O objetivo é reduzir variabilidade, encurtar tempos de ciclo e liberar recursos para o que, de fato, paga as contas.
Redesenho operacional: Padrões que devolvem velocidade
Processos quebrados multiplicam custos invisíveis. Mapeie o fluxo ponta a ponta e elimine reentradas, aprovações redundantes e digitação dupla. Padronize entradas e saídas, crie checklists objetivos e estabeleça critérios de “pronto” compartilhados entre áreas. Automatize apenas após simplificar, robô em processo ruim acelera desperdício. A operação reestruturada precisa ser observável: tempos de ciclo, filas e defeitos por etapa em painéis acessíveis ao time.
Portfólio de iniciativas: Poco no que move o P&L
Como pontua Braulio Henrique Dias Viana, reestruturação não é um “plano gigante”, e sim um portfólio vivo com hipóteses de valor, donos e marcos de decisão. Classifique iniciativas por impacto financeiro, risco e esforço; ataque primeiro as de alto impacto e baixa complexidade (renegociações, padronizações, corte de desperdícios). Para apostas estruturantes, defina métricas de leading indicators (tempo de ciclo, retrabalho) e de resultado (margem, churn), com janelas claras de avaliação go/no-go.
Negociação com credores e parceiros: Confiança como ativo
Na visão de Braulio Henrique Dias Viana, credores respeitam quem apresenta dados, prioridades e disciplina. Chegue às mesas com um plano factível, mostre o esforço interno (reduções, ajustes de portfólio) e proponha contrapartidas equilibradas: extensão de prazos, descontos por antecipação, garantias proporcionais. Com clientes estratégicos, revise SLAs temporariamente e ofereça opções de valor que preservem relacionamento. Transparência reduz litigiosidade e compra tempo precioso para a estabilização.
Comunicação com o mercado: Narrativa ancorada em fatos
Comunique marcos alcançados, métricas de recuperação e próximos passos. Evite promessas vagas; prefira indicadores verificáveis que demonstrem tração. Atualizações regulares a investidores, conselhos e parceiros reduzem incerteza e facilitam futuras rodadas de apoio. A reputação reconstruída encurta caminhos quando a empresa volta a buscar crédito e fornecedores estratégicos.
Métricas que importam: Do resgate à tração
Em reestruturação, poucas métricas bem escolhidas movem mais do que listas extensas: geração líquida de caixa, margem de contribuição por unidade, churn por coorte, prazo médio de recebimento e cumprimento de SLAs críticos. Conecte esses indicadores à remuneração variável e aos ritos semanais. Como conclui Braulio Henrique Dias Viana, a cadência de medição e decisão mantém o time na mesma batida e evita recaídas.
Autor: Ejax Persol

